terça-feira, 21 de outubro de 2008

Capitão-do-mato

Os capitães-do-mato foram extintos do Rio de Janeiro na década de 1820. Eles eram caçadores de recompensas que faziam parte do sistema de controle de escravos no Brasil desde o século XVII.
Em muitos lugares eles se tornaram uma protopolícia, com ajudantes armados que tinham permissão dos governos locais para caçar escravos fugitivos.
Os senhores de escravos desejavam reduzir ao mínimo as fugas, mas tinham de equilibrar os ônus das freqüentes prisões ou da vigilância armada de seus trabalhadores com as taxas pagas ao capitão-do-mato.
Quando o intendente assumiu seu cargo, após a chegada da família real ao Brasil, recebeu uma série de relatórios sobre as atividades dos capitães-do-mato, nos quais eles eram acusados de seqüestrar escravos para fins de extorsão ou venda ilegal.
Desde então os capitães-do-mato começaram a ser vistos como supérfluos. E as instituições policiais passaram a assumir a tarefa de apreensão dos escravos fugitivos. Até que esta acabou se tornando a principal atividade policial.
As recompensas pela captura de escravos continuavam a ser oferecidas aos soldados de polícia. A Guarda Real estava sempre disponível para qualquer convocação, e a disciplina militar exigia que seus membros saíssem ao encalço dos fugitivos se assim lhes ordenassem.
Mas o problema das exigências ilegais e excessivas que os caçadores de escravos impunham aos senhores não ficou resolvido com a substituição dos agentes privados pela polícia.
Os soldados da Guarda Real também se tornaram corruptos, cometiam abusos de autoridade e se envolviam em práticas de extorsão.

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