quinta-feira, 30 de julho de 2009

Planejamento e integração

O psicólogo na justiça muitas vezes se depara com dificuldades em sua abordagem que, na maioria dos casos, podem ser atribuídas à falta de planejamento em adequar o espaço físico para comportar um atendimento dessa natureza.
O ambiente na psicologia precisa ser visto como instrumento de trabalho que favorece a recepção respeitosa, a privacidade e a intimidade acolhedora. Condições consideradas básicas para o proceder profissional do psicólogo.
A negligência da justiça com a observância dessas condições revela sua contradição ao partilhar seu espaço de trabalho com a psicologia. Mas é verdade que muito já se conquistou nesse terreno. Mesmo antes da criação do cargo de psicólogo.
E cabe observar que boa parte dos atendimentos realizados, ainda que em condições precárias, chega a bom termo ao seu final. Isto porque, nesses casos, se pôde contar com a colaboração das partes e se pôde chegar a uma compreensão razoável da passagem do jovem pela justiça: o que concorreu para que ela ocorresse, o que significou para cada um e o que pode ser aproveitado dessa experiência desagradável em favor do amadurecimento nas relações familiares. Momento ideal para se efetuar encaminhamentos, caso sejam necessários.
São muitas as atividades a que os psicólogos podem se dedicar nesse campo de atuação, como também são muitas as dificuldades a serem enfrentadas. A luta contra o isolamento na dinâmica interna da vara e o esforço para trabalhar em equipes interdisciplinares, por exemplo, comportam desafios para a equipe de psicologia que muitas vezes se resguarda e se afasta dos demais profissionais que colocam em funcionamento a missão da justiça.

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