quinta-feira, 31 de julho de 2008

Grupo primário

Existem certos grupos, chamados primários, que apresentam uma constituição libidinal, cuja tipicidade permite agregar indivíduos que compartilham entre si um mesmo objeto eleito por eles para se pôr no lugar do ideal do eu, e em virtude desse objetivo comum, identificam-se uns com os outros em seu eu.
Esses grupos amenizam carências e fragilidades de seus membros, produzindo fortes elos emocionais entre eles.
Como os indivíduos predispostos a esse tipo de formação ideativa não desenvolvem estilos autônomos de individualidade, ao contrário, apóiam-se anonimamente no grupo, deixam-se influenciar por sugestão e, assim garantidos, acreditam poder exceder todos os limites na possibilidade ilimitada de descarga emocional sob a forma de ação.
Freud aproxima os atributos do narcisismo primário presente na infância, do narcisismo existente na vida emocional desses grupos. Daí porque os denominados, primários.
O grupo primário propicia e sustenta a onipotência de pensamento de seus integrantes, em cuja lógica se acomoda a superestima do poder de seus desejos, e a crença mágica que sustenta uma forma característica de lidar com o mundo - como uma aplicação das premissas grandiosas que alimentam.

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